Blog do Daka

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Mapeamento revolucionário da biosfera faz “raio X” dos ecossistemas

Pesquisadores testaram com sucesso uma nova forma de mapear a biosfera terrestre. O equipamento é chamado ATOMS – Airborne Taxonomic Mapping System, sistema de mapeamento taxonômico aerotransportado, em tradução direta.

Cada um dos três instrumentos produz informações diferentes, que podem ser mescladas para traçar quadros da biodiversidade nunca vistos. [Imagem: The Carnegie Airborne Observatory]

As informações obtidas revelam a ecologia de uma forma nunca vista antes, nem por satélites artificiais e nem mesmo por observações diretas no solo. “Cada imagem que o ATOMS produz é uma descoberta, é como se estivéssemos olhando para um universo inteiro pela primeira vez,” disse Greg Asner, líder do projeto. As imagens produzidas, obtidas em uma única passagem, geram informações sobre a composição química, função e estrutura dos ecossistemas. O equipamento foi testado a bordo de um avião da NASA que sobrevoou ecossistemas nos EUA (Califórnia), Colômbia, Costa Rica e Peru, incluindo a floresta amazônica.

Não se trata de floresta e água: cada cor representa diferentes tipos de vegetação. Esta imagem mostra áreas de desmatamento na Amazônia peruana. [Imagem: The Carnegie Airborne Observatory]

Radar de luz

O sistema ATOMS é uma combinação de várias técnicas de rastreamento e imageamento, incluindo lasers e espectrômetros. A estrela do conjunto é um LIDAR (Light Detection and Ranging), também conhecido como radar de luz. Sua resolução espacial varia de 25 centímetros a 1 metro, dependendo da altitude do avião. Completam o equipamento um espectrômetro de ondas curtas, com resolução espacial entre 0,5 e 2 metros, e um espectrômetro de infravermelho, com resolução similar à do LIDAR, entre 0,25 e 1 metro.

“É como tirar um raio X de uma paisagem inteira, planta por planta, e de cada pequena elevação. Nós podemos ver como cada pequena elevação no solo, de meio metro, pode criar um novo habitat para espécies, com efeitos mensuráveis para a biomassa da floresta inteira,” disse Dana Chadwick, que usou o sistema para fazer uma pesquisa sobre a interação entre a floresta e sua geologia.

Fonte: inovacaotecnologica.com.br


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Coca-Cola – Feliz dia do começo do mundo!

É incrível como a empresa do líquido yankee capitalista gostoso está acertando em seus vídeos.

Segue um vídeo muito bem feito que faz uma “sacada” com o tão falado e comentado 21.12.12, o dia do fim do mundo.

Vale dar uma olhadela.

 

Abraços

Dakir Larara


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Segundo MetSul Meteorologia, semana que se inicia pode ser complicada para o RS!

Leiam na íntegra o excelente post do mestre Eugênio Hackbart sobre o que pode nos esperar, no que diz respeito às condições do tempo atmosférico, para esta semana no RS.

Semana promete ser muito complicada com nova onda de temporais

Por: Professor Eugenio Hackbart

Massa de ar muito quente cobre o Rio Grande do Sul e foi responsável neste domingo por máxima superior a 37ºC na zona Norte de Porto Alegre. Áreas de instabilidade formadas pelo calor e a umidade atuaram desde a madrugada no Centro da Argentina e trouxeram temporais com queda de árvores para o Norte da Grande Buenos Aires. No decorrer do dia a instabilidade intensa avançou pelas províncias argentinas de Santa Fé e Entre Rios, além do Oeste do Uruguai, com chuva intensa e vendavais, e atinge o Sudoste gaúcho na noite deste domingo.

Imagem de satélite em alta resolução mostrando a forte instabilidade na manhã de hoje no Centro da Argentina e fotos de queda de árvores em Buenos Aires (Reprodução/TN) e de temporal em Toledo, Canelones, no Uruguai (via Twitter da MetSul)

Recém no sábado a CEEE disse ter normalizado a sua rede após os graves danos dos temporais da noite de segunda-feira e da madrugada de terça no Rio Grande do Sul e nova ameaça paira no horizonte para as concessionárias do setor elétrico. Quem pensa que a “cota” de temporais de dezembro chegou ao fim na semana passada que não se engane. As empresas de energia e a Defesa Civil no Rio Grande do Sul ainda vão ter muito trabalho até o dia 31. A semana que começa promete ser uma das mais ativas em tempo severo no Cone Sul da América do Sul nos tempos recentes e o padrão favorável a tempestades pode prosseguir ainda na última semana de 2012. Esta segunda metade de dezembro, assim, promete ser período de altíssimo risco com frequência altíssima de temporais na Argentina, Uruguai, Paraguai, além do Sul e Sudeste do Brasil. Toda a região estará sob influência de ar quente e úmido, logo instável, e ainda são esperadas várias áreas de baixa pressão, o que acentuará ainda mais a instabilidade. A pressão atmosférica deve cair abaixo de 1000 hPa, principalmente entre quarta e quinta, piorando o quadro de tempo severo. Modelos indicam altas taxas de instabilidade atmosférica até quinta, o que significa sequência de quatro dias com alto risco de temporais. Chama atenção na análise dos modelos como as taxas de instabilidade já serão altas já de manhã de segunda até quarta no Rio Grande do Sul, sinal de que as nuvens carregadas podem se formar mais cedo e não apenas da tarde para a noite.

Projeção do modelo americano GFS (saída das 12Z de hoje) de precipitação e os índices de instabilidade CAPE – Convective Available Potential Energy – Energia Potencial Convectiva Disponível (acima de 2000 é muito alto) e Lifted (valores negativos indicam maior instabilidade) para Porto Alegre (esquerda) e Uruguaiana (direita)

Os próximos dias não deixarão dúvida sobre este padrão de tempestades. O começo desta semana (segunda e terça) terá risco de temporais isolados no Rio Grande do Sul por conta da combinação de calor e o ingresso de ar úmido e instável, mas será a segunda metade da semana (19-22/12) que promete trazer condições de elevado risco com excessivos volumes de chuva em parte do Estado, granizo e vendavais. Neste período, espera-se a atuação de uma profunda área de baixa pressão atmosférica que será seguida de frente fria com possibilidade de temporais em grande parte do Cone Sul. Este sistema frontal vai atuar no Rio Grande do Sul entre quinta e sexta, mas especialmente na sexta, quando a chuva deve ser mais generalizada e volumosa com potencial de grandes acumulados em algumas localidades, o que pode trazer alagamentos.  Nestes dois dias ainda haverá risco de temporais no Estado, especialmente na quinta-feira.

Previsão do índice K do Modelo da Marinha dos Estados Unidos para a madrugada de quinta (esquerda) e de sexta (direita). O índice de instabilidade K, pela sua equação, é indicador melhor do risco de chuva forte que o de temporais. Valores acima de 40 são muito altos e acompanham o sistema frontal que vai avançar pelo Uruguai e o Sul do Brasil entre quinta e sexta-feira.

Uma projeção dos modelos que preocupa é a sinalização de uma intensa corrente de jato em baixos níveis da atmosfera que, pelos dados de hoje, ingressaria a partir do Oeste do Rio Grande do Sul na segunda metade da quarta-feira, acompanhando a intensificação da área de baixa pressão. Entre a madrugada e a manhã de quinta, este jato de baixos níveis atuaria com muita força sobre o Rio Grande do Sul (mapas abaixo), o que permite se cogitar do risco alto de temporais fortes a severos durante este intervalo da segunda metade da quarta até a primeira metade da quinta. Pela configuração do “jato” há a ameaça de vendavais, alguns fortes a intensos.

Tempestades localmente muito severas e com alto potencial de danos são possíveis nesta semana não apenas aqui no Rio Grande do Sul, mas também nos países vizinhos como Argentina e Uruguai. Eventos extremos como “turbonadas” ou mesmo atividade tornádica devem tornar a ocorrer no Cone Sul, porém é impossível determinar quais localidades poderiam ser afetadas, exceto em curtíssimo prazo (nowcasting). O Centro-Norte da Argentina e o Uruguai têm risco de tormentas, fortes a muito intensas, até quinta-feira. Quarta pode ser uma das jornadas de maior instabilidade na região do Prata. Tanto Montevidéu como a cidade de Buenos Aires estarão sujeitas até a metade da semana a temporais com altos volumes de chuva em curtos períodos.

Fonte: http://www.metsul.com/blog2012/

Abraços

Dakir Larara


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Seta do tempo é confirmada – Universo não dá marcha-a-ré!!!

O tempo não pára, apesar de que muitos gostariam, realmente, que ele retornasse, pelo menos no que se refere ao desgaste da nossa “máquina” corporal, por exemplo. Embora há milênios os filósofos se perguntem por que o tempo não anda para trás, as leis conhecidas da física são perfeitamente simétricas com relação ao tempo, ou seja, não haveria algo como uma seta do tempo.

Desta forma, para a física moderna, os processos físicos poderiam ser “rebobinados” no tempo e continuariam fazendo sentido – as leis matemáticas da física funcionam tão bem para os eventos seguindo seu curso inexorável para o futuro quanto retornando para o passado.

Agora, porém, foi realizada a primeira verificação experimental direta de uma exceção a essa simetria do tempo. Medindo o decaimento de partículas subatômicas chamadas mésons B, cientistas do Projeto BaBar descobriram a primeira evidência de que, mesmo no nível microscópico, o tempo flui em uma direção preferencial.

Um

Um “méson B vermelho” se transforma em um “méson B azul”: os dados indicam que o a transformação de vermelho em azul ocorre em um ritmo diferente da transformação de azul em vermelho.[Imagem: Greg Stewart/SLAC]

“A análise experimental nos permitiu observar de forma direta e inequívoca a natureza assimétrica do tempo.”,  disse Fernando Martínez-Vidal, da Universidade de Valência, na Espanha, coordenador do experimento.

Universo não dá marcha-a-ré

Analisando 10 anos de dados que registraram bilhões de colisões de partículas, os pesquisadores descobriram que determinados tipos de partículas decaem muito mais frequentemente de uma forma que de outra, algo não suportado pela teoria. Os resultados atingiram uma significância de 14 sigmas – bastam 5 sigmas para determinar uma descoberta em física.

A Colaboração Babar trabalha com dados do acelerador SLAC, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e seu objetivo é descobrir diferenças sutis entre o comportamento da matéria e da antimatéria, alguma pista que pudesse ajudar a explicar a preponderância da matéria no universo.

O experimento produziu quase 500 milhões de pares de partículas chamadas mésons B e os seus homólogos de antimatéria mésons B-bar. Os dados revelaram que os mésons B e os mésons B-bar de fato se comportam de formas diferentes, formas que violem a chamada simetria CP (Carga-Paridade), que incorpora as simetrias de carga (positivo versus negativo) e paridade (algo como uma realidade e esta mesma realidade no espelho).

O decaimento das partículas é diferente nos dois casos, o que fornece a primeira evidência experimental direta da violação da simetria de reversão do tempo.

Simetria CPT

Em sua versão mais ampla, a simetria CPT (Carga-Paridade-Tempo) era a hipótese, agora derrubada, de que as interações físicas não se alteram se você inverter a carga de todas as partículas, mudar sua paridade – isto é, inverter suas coordenadas no espaço e, com isso, reverter o tempo.

A simetria CPT (carga-paridade-tempo) era a hipótese, agora derrubada, de que as interações físicas não se alteram se você inverter a carga de todas as partículas, mudar sua paridade - isto é, inverter suas coordenadas no espaço - e reverter o tempo. [Imagem: APS/Alan Stonebraker]

A simetria CPT (carga-paridade-tempo) era a hipótese, agora derrubada, de que as interações físicas não se alteram se você inverter a carga de todas as partículas, mudar sua paridade – isto é, inverter suas coordenadas no espaço – e reverter o tempo. [Imagem: APS/Alan Stonebraker]

“A quebra da simetria temporal, ou simetria T na física de partículas, está relacionada com a assimetria CP entre matéria e antimatéria, necessária para gerar o universo atual de matéria em algum momento de sua história,” explica José Bernabéu, membro da equipe.

A simetria C propõe que, sabendo-se que a cada partícula na natureza corresponde uma antipartícula com carga oposta, as leis da física seriam as mesmas ao substituir as partículas de carga positiva pelas partículas de carga negativa. Já a simetria P indica que as leis da física permaneceriam inalteradas em um espelho, ou seja, o universo se comportaria como sua imagem invertida. Estas duas simetrias combinadas originam a simetria Carga-Paridade, ou simetria CP.

Experimentos anteriores com partículas chamadas mésons B e K já haviam observado que a simetria CP não se sustentava. Assim, o teorema CPT afirma que, para qualquer sistema de partículas, as simetrias devem permanecer equilibradas. O que significa que, se a simetria CP não for cumprida, a simetria T também deve falhar.

Foi exatamente isto que os cientistas acabam de registrar em seus resultados: há 1 chance em 1043  de que seus dados produzidos sejam devidos ao acaso. Traduzindo para um bom português: o tempo não pára, só avança e não retorna!! Parar o tempo só nos quadrinhos e em séries de ficção científica.

Fonte: inovacaotecnologica.com.br

Abraços

Dakir Larara