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Resenha do filme Os Vingadores

Os Vingadores

Após anos de expectativa, estreia Os Vingadores, o épico do Marvel Studios que reúne nos cinemas pela primeira vez a equipe formada por Capitão América, Thor, Homem de Ferro e Hulk. E, mais uma vez, a Marvel faz bonito.

Dizer que cada filme do Marvel Studios é melhor do que o anterior está virando clichê, mas é verdade. Os Vingadores é o melhor filme do estúdio até agora e faz história no cinema ao reunir, pela primeira vez, personagens de outras franquias em um mesmo filme. Este é um dos maiores triunfos do longametragem: conseguir unir personagens tão diferentes dentro de uma história coesa e que faça sentido. Ms não precisa se preocupar: foi feito.

O mérito é todo do diretor e roteirista Joss Whedon. É simplesmente impressionante como ele consegue pegar sete personagens fortes – os seis Vingadores mais Nick Fury – e dar tempo de tela equilibrado para cada um deles, desenvolver suas personalidades básicas, colocá-los em conflito, mostrar a necessidade de união e jogá-los contra uma ameaça enorme.

Naturalmente, Tony Stark rouba um pouco a cena, com sua “presença”, magnetismo, piadas e falas certeiras. Afinal, além do talento avassalador de Robert Downey Jr., o Homem de Ferro tem a franquia de maior sucesso até agora, dentro do Marvel Studios. Mas ainda assim, sua figura não se sobressai demais.

Cada um tem o seu arco próprio e relevância: o Capitão América está deslocado no tempo, mas se mostra o líder que a equipe precisa; Thor está ao mesmo tempo furioso e atormentado pelas ações de seu irmão, LokiBruce Banner precisa manter controle o tempo todo sobre o Hulk; a Viúva Negra se protege sob uma fachada de frieza, mas se percebe que ela sofre com seu passado “sujo”; o Gavião Arqueiro é manipulado por Loki e precisa se vingar; e Nick Fury tem que lidar com o fardo de comandar a defesa da Terra contra ameaças impossíveis de debelar, o que lhe leva a atitudes, por vezes, extremas.

Agente Phil Coulson e a Agente Maria Hilltêm sua relevância à trama e momentos fortes no filme. Curiosamente, Whedon usa o personagem de Coulson para fazer uma homenagem aos fãs dos quadrinhos, o que é muito legal. Pepper Potts (Gwynelt Paltrow ) também aparece, agora vivendo “maritalmente” com Stark, embora seja apenas decorativa no filme.

O vilão Loki retorna, mas está diferente. EmThor ele é um vilão relutante, alguém consumido pela inveja e atormentado com a descoberta de que é adotado, mas em Os Vingadores, é um vilão completo: sádico, assassino, dominador. Ele se alia à raça dosChitauri para pegar o Cubo Cósmico – que nos filmes se chama Tesseract – e usá-lo para abrir um portal à Terra que permita-os invadi-la. Em troca, recebe um cetro de grande poder – aparentemente com uma das Joias do Infinito na ponta – e a possibilidade de, com ele, reinar sobre Asgard, seu maior objetivo.

estrutura do filme é bem interessante e diferente das demais do Marvel Studios. Até agora, quase todos os filmes foram de apresentação de personagens – a exceção, claro, é Homem de Ferro 2 – que precisam gastar tempo contando origens e definindo situações. Em Os Vingadores se parte do princípio de que o público conhece aqueles personagens, então, a história começa de uma vez. Isso o faz um filme de ação quase ininterrupta, algo inacreditável! É impressionante como um filme consegue ter tanta ação, ainda assim contar uma história e desenvolver 10 personagens!

É curioso que algumas críticas tenham reclamado de que o primeiro ato do filme é morno, mas isso não é verdade. O filme inicia com o acordo entre Loki e os Chitauri sendo selado, daí já vem uma cena de ação na qual o asgardiano invade uma base da SHIELD e confronta Nick Fury, Maria Hill e o Gavião Arqueiro. Loki “sequestra” este último e o Dr. Selvig – que também esteve em Thor e está estudando o Tesseract (O Cubo Cósmico que aparece no filme do Capitão América) – e os usa para desenvolver seu plano.

Então, Nick Fury movimenta a SHIELD e coloca a Viúva Negra para interromper uma missão na Rússia e encontrar o Dr. Bruce Banner na Ásia. Em pessoa, Fury convoca o Capitão América; enquanto o Agente Coulson vai falar com Tony Stark. A Viúva Negra encontra Banner e diz para ele que nunca esteve “desaparecido”, sendo monitorado o tempo todo. Todos se reúnem no Porta-Aviões da SHIELD, que se revela ser, na verdade, uma nave e decola vôo. A SHIELD quer que Banner use seus conhecimentos em radiação gama para encontrar o Tesseract, o que é feito. Loki aparece na Alemanha e o Capitão América e a Viúva Negra vão confrontá-lo, mas a luta é decidida com a chegada do Homem de Ferro.

Daí para frente, Thor também se junta ao grupo para levar o irmão de volta à Asgard, mas cada vez que algum membro dos Vingadores se encontra, surgem problemas e brigas. Assim, o filme copia com destreza a fórmula criada por Stan Lee na qual os heróis brigam o tempo todo. A própria história geral do filme é uma homenagem à Avengers 01, de 1963, criada por Lee e Jack Kirby, na qual Loki termina unindo os Vingadores sem querer.

Se a ação vem de tempos em tempos no primeiro ato, ela é desenfreada do segundo ato em diante. Loki se mostra uma ameaça mesmo preso dentro do Aéreo-Porta-Aviões da SHIELD e os Vingadores começam a se unir em prol de uma causa única, embora o Hulk não “pense” assim.

E aqui vai um detalhe ao fã dos quadrinhos: sempre sonhou em ver uma luta do Thor contra o Hulk como aquelas que Stan Lee e Steve Englehart criaram? Aqui, você tem. Quer ver o Homem de Ferro contra o Thor também? Aqui você tem. Quer ver a Viúva Negra contra o Hulk? Talvez nunca tenha pensado nisso, mas também há. Viúva Negra versus Gavião Arqueiro, que ganha? Assista e saberá.

O Hulk de Mark Ruffalo é um caso à parte. A computação gráfica está muito melhor do que em Hulk (2003) e O Incrível Hulk (2008), o Hulk é menor, mais crível e tem pêlos e o Dr. Banner também está diferente. Sua personalidade está ainda mais conturbada, mas se esforçando em ser mais altruísta e sabendo do poder que tem. E se o Homem de Ferro rouba a cena nos primeiros dois terços do filme, o Hulk é a grande atração do terceiro ato.

O Hulk é uma das melhores atrações do filme e também rouba a cena quando aparece.

Não são poucas pessoas que estão destacando o Hulk como uma das melhores coisas do filme. Sua participação na batalha final – quando os Chitauri invadem a Terra – é fantástica e impressionante. E recheada de humor! Joss Whedon usa o humor o tempo todo, o que é um recurso muito agradável para o filme. A ação e o drama são intercalados com piadinhas, situações cômicas, mas nunca cretinas. Todas de bom gosto e bem colocadas, o que o torna ainda mais divertido.

Na batalha final, Whedon explora as habilidades de cada um dos Vingadores. Cada um mesmo! E mostra como cada um pode contribuir para enfrentar essa invasão de um exército de alienígenas dotados de armas impressionantes, como o monstro metálico chamado de Leviatãpelos fãs – não há um nome na trama, mas é uma clara homenagem ao Leviatã dos quadrinhos, contra qual os Vingadores lutaram uma vez.

É impressionante como Whedon conseguiu fazê-los atuar realmente como uma equipe em meio a uma batalha de proporções absolutamente épicas. O Capitão América os organiza em missões específicas para cada um, mas todos eles se ajudam, trocam de lugares e interagem uns com os outros, algo difícil de se ver nos cinemas – e talvez até nos quadrinhos. O diretor mostra uma habilidade que já tinha mostrado escrevendo histórias em qu

O Capitão América emerge como um verdadeiro líder, conduzindo a equipe e a organizando em batalha, o que dá uma importãncia singular ao personagem. E se alguém ainda tinha alguma reserva contra Chris Evans, esqueça! O ator nasceu para esse papel e está muito bom, totalmente convincente.

O final do filme ainda deixa uma surpresa – dessa vez, não após o créditos, mas durante os créditos, criando um gancho para Os Vingadores 2.

Enfim, a Marvel cumpriu sua missão com louvor! Os Vingadores é um filme de ação excepcional, que faz o deleite de quem é  desses personagens – é um filme feito por fãs para fãs – e também funciona muito bem para que não é fã de longa data, mas gostou dos filmes. Obviamente, quem não assistiu aos outros filmes do Marvel Studios, compreende a história de uma maneira geral, mas não vai estar imerso de verdade no filme.

Até cenas dos filmes anteriores são mostradas. Quando Steve Rogers aparece pela primeira vez, revemos flashes do Capitão América lutando na II Guerra Mundial, advindas de O Primeiro Vingador; e quando a SHIELD lhe conta o caso do Dr. Banner, revemos rapidamente a cena do Hulk lutando contra o exército na universidade de O Incrível Hulk. Também aparece uma imagem de Jane Foster (Natalie Portman), a namorada de Thor em seu filme, mostrando como a SHIELD criou uma situação para defendê-la.

E para fechar, há de se comentar a grande polêmica envolvendo a ausência de créditos a Jack Kirby no filme, que surgiu na internet nos últimos dias e foram até perguntar a Stan Lee o por quê disso, algo que o irritou. Stan Lee recebe créditos como Produtor-Executivo, mas como Jack Kirby poderia, se ele morreu em1994? E tudo isso é estéril: nos créditos finais, está lá “Baseado nos quadrinhos da Marvel Comics criados por Stan Lee e Jack Kirby/Capitão América criado por Jack Kirby e Joe Simon”. O “rei dos quadrinhos” recebe seus créditos, sim. E duas vezes!


4 Comentários

Saiu o trailer dos Vingadores!!!

Assitam e depois me falem o que acharam… Trailer é trailer, como diria uma amigo meu, mas gostei.

Abraços