Blog do Daka

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African Digital Art – um coletivo de arte digital

Este é o African Digital Art, um coletivo para artistas se inspirarem, mostrarem seus trabalhos e entrarem em contato com outros artistas. Muito interessante!!!


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Arquitetura verde: Jardins suspensos urbanos

Os projetistas do edifício afirmam tratar-se de uma rua vertical. [Imagem: CK Designworks]

Rua vertical

Seu nome é Jardins de Cristal (Crystal Gardens), uma referência direta à interessante combinação de vidro e verde. Mas os seus criadores, da CK Designworks, em Melbourne, na Austrália, afirmam ser uma rua vertical. A cada seis andares do edifício de 35 andares, que será construído lá mesmo em Melbourne, haverá jardins com dimensões suficientes para o cultivo de árvores de até 10 metros de altura. Mas não é só isso: todo o edifício estará apresentando as últimas novidades em tecnologia verde.

Coleta de água da chuva

Embora jardins nos telhados e varandas paisagísticas não sejam exatamente uma novidade, o arquiteto Robert Caulfield diz que esta é a primeira vez que cinco jardins comuns serão construídos no mesmo edifício. Para conseguir essa façanha, os jardins de 120 metros quadrados de área de 10 metros de altura cada um serão contidos em caixas, apoiadas em suportes estruturais para sustentar o peso do solo e das árvores.

As varandas triangulares e a fachada irregular reduzem o movimento lateral do vento, permitindo a coleta da água da chuva. [Imagem: CK Designworks]

O edifício usará ainda vidros capazes de refletir o calor e iluminação alimentada por energia solar. Como o terreno tem apenas 360 metros quadrados, as paredes externas do prédio – mais de 8.000 metros quadrados – serão usadas para capturar a água da chuva.

“Isso é raro”, diz Caulfield. Normalmente, os ventos fortes “golpeiam a chuva para fora do edifício”. Para evitar isso, serão usadas varandas triangulares e uma fachada irregular para reduzir o movimento lateral do vento, minimizando a fuga da água. O sistema de coleta de água será integrado à rede de abastecimento do edifício, sendo utilizada para a rega dos jardins e nos banheiros.

Aquecimento e refrigeração

Os sistemas de aquecimento e refrigeração também foram projetados em torno dos jardins. Os edifícios convencionais ou usam aparelhos individuais de ar-condicionado, ou longos tubos que bombeiam água quente ou fria ao longo de todo o edifício.

“Nós usamos uma versão híbrida,” disse Caulfield. Um sistema de refrigeração instalado em cada jardim irá bombear a água para apenas seis andares, três acima e três abaixo. “Os tubos curtos minimizam a perda de aquecimento ou de arrefecimento”, diz ele.

O edifício usará ainda vidros capazes de refletir o calor e iluminação alimentada por energia solar. [Imagem: CK Designworks]

O prédio, que abrigará lojas, escritórios e 154 apartamentos, deverá estar pronto até 2014. Caulfield contou que seu próximo projeto será a construção de fábricas verticais em Nanjing, na China.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br



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Cientistas brasileiros vão estudar microfísica das nuvens

Prever a tempo

Prever fenômenos extremos no Brasil – como as tempestades que costumam castigar diversas áreas no país durante o verão – com maior prazo de antecedência ainda é um desafio para os meteorologistas. Esta é a proposta de um grupo de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Para isso, eles precisam entender a estrutura interna das tempestades que se originam dos principais regimes de precipitação do país.

O objetivo do Projeto Chuva é conseguir prever fenômenos climáticos extremos com maior prazo de antecedência.[Imagem: INPE]

Batizada de “Projeto Chuva”, a iniciativa consiste em estudar a microfísica das nuvens, isto é, os processos físicos no interior delas, para desenvolver um modelo numérico capaz de rodar no supercomputador Tupã, em operação desde janeiro no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, em Cachoeira Paulista (SP).

“Por conta do maior poder de resolução espacial do Tupã, é preciso parametrizar e descrever os elementos com mais detalhes. Isso implica medir o tamanho dos hidrometeoros (partículas encontradas nas nuvens), como as gotas líquidas, o granizo, o graupel (forma de granizo) e a neve, assim como sua distribuição nos sistemas climáticos”, explica Luiz Augusto Machado, coordenador do projeto.

Tomografia das nuvens

Esse processo de coleta e análise de dados será realizado em sete locais no país, representativos dos principais regimes de precipitação do Brasil. “Nosso objetivo é criar um banco de dados dessas estruturas microfísicas e verificar se elas se ajustam a essa alta resolução espacial, de até 1 quilômetro”, contou.

Os experimentos tiveram início em março de 2010 no Centro de Lançamento de Alcântara (MA). De lá, os pesquisadores partiram para Fortaleza (CE), onde construíram uma torre para abrigar o radar móvel de dupla polarização. O equipamento, considerado um dos mais modernos da área, está agora instalado no topo do prédio do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Pará, em Belém.

Além de fornecer dados e medidas sobre as estruturas das nuvens, o radar, aliado a uma série de equipamentos meteorológicos, permitirá aos cientistas conhecer os processos de precipitação relacionados à microfísica das nuvens, como a formação de descargas elétricas, efeitos radiativos e interação com aerossóis.

“A influência das gotas sobre o clima tem diversas implicações, desde processos radiativos às mudanças climáticas”, explicou Machado.

Nesse processo definido como tomografia dos sistemas, o foco da pesquisa em Fortaleza foi a precipitação costeira. São as chamadas “nuvens quentes”, responsáveis por grande parte das chuvas nos trópicos. Em Belém, os pesquisadores investigam as chuvas de linhas de instabilidade, formadas por grandes aglomerados de cúmulos-nimbos e que, ao penetrar no interior da Amazônia, provocam chuvas intensas.

Novo satélite brasileiro

Em cada uma das localidades pesquisadas, serão ministrados cursos para meteorologistas sobre a instrumentação utilizada.

“O sensoriamento remoto por satélite e por radar, a microfísica e a modelagem por computação são áreas novas no setor. Por conta disso, há no Brasil poucos especialistas no assunto”, disse Machado.

Além do conhecimento sobre a microfísica das nuvens, os dados obtidos em cada sistema serão aplicados no desenvolvimento de algoritmos de um novo satélite brasileiro. Com o lançamento previsto para 2015, o satélite irá compor o Programa Internacional de Medidas de Precipitação (Global Precipitation Measurement – GPM, em inglês), liderado pelas agências espaciais Nasa (Estados Unidos) e Jaxa (Japão), para monitorar a precipitação em todo o mundo em áreas de 25 km2 a cada três horas.

Zona de convergência

No fim de 2011, será a vez do Vale do Paraíba, no interior paulista, onde predomina a zona de convergência do Atlântico Sul e são formadas as tempestades locais. Em seguida, o grupo estudará os complexos convectivos de mesoescala em Foz do Iguaçu. Esse sistema é responsável pela formação de grandes aglomerados de nuvens, que representam 90% da precipitação na região Sul do Brasil.

Depois, os cientistas retornarão ao Norte do país para estudar, em Manaus, os diversos tipos de regimes presentes na Amazônia, entre os quais a convecção intensa local e a convecção organizada. De lá, o grupo seguirá para Brasília para pesquisar as chuvas relativas às penetrações de frentes frias, organizadas na parte central do Brasil.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br


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Brasil em 14º no ranking do G20

País fica atrás de países como Argentina e Arábia Saudita. Educação e distribuição de renda precisam melhorar, dizem coordenadores.

O Brasil ocupa o 14º lugar no ranking de desenvolvimento dos países que fazem parte do G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), segundo indicador divulgado nesta segunda-feira (13) pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

A classificação leva em conta nove quesitos que apontam o desenvolvimento da economia e da população dos países – como saúde, educação e renda -, a partir de dados fornecidos pelos próprios governos à Organização das Nações Unidas (ONU).

Foram considerados os dados de 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia. A União Europeia, que também faz parte do G-20, não entrou no ranking.

A pesquisa aponta a Austrália como líder em desenvolvimento, com 6,876 pontos, seguida por Alemanha (6,633 pontos) e França (6,521 pontos). O Brasil (4,276 pontos) aparece em 14º lugar, atrás de países como Argentina (5,104 pontos), em 10º, e Arábia Saudita (4,500 pontos), em 13º.

Segundo o ranking elaborado pela Anefac, o Brasil é o segundo país mais bem classificado entre os emergentes que compõem o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Nesta comparação, o país fica atrás somente da Rússia, que aparece em 11º lugar, com 5,034 pontos.

Para o Brasil se transformar definitivamente em um país desenvolvido, os coordenadores da pesquisa, Gianni Ricciardi e Roberto Vertamatti, defendem a necessidade de ações consistentes na educação e na distribuição de renda, fatores em que o país teve desempenho ruim.

Indicadores
No quesito Saúde, o Brasil repete a posição geral e ocupa o 14º lugar no ranking da Anefac. O desempenho brasileiro é afetado pelo nível baixo de gastos públicos com saúde, equivalente a apenas 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em países mais desenvolvidos na área, como a França, os gastos chegam a 8,7% do PIB.

A expectativa de vida ao nascer no Brasil, de 72,9 anos, também é bem inferior a de países líderes como Japão, de 83,2 anos, e Austrália, de 81,9 anos. Por outro lado, apenas 6% da população brasileira é afetada pela desnutrição, índice próximo aos melhores colocados, como França e Austrália (5% em ambos os casos).

Na categoria Educação, o Brasil fica em 12º lugar. A pesquisa mostra que, enquanto no Brasil as crianças ficam em média 13,8 anos na escola, nos países mais desenvolvidos esse período fica ao redor de 16 anos. Com relação ao uso de internet, no Brasil são 37,5 usuários a cada 100 habitantes, enquanto nos países desenvolvidos os usuários são em torno de 75 cidadãos a cada 100.

Mesmo com PIB de US$ 2,1 trilhões, o oitavo maior do mundo, os indicadores de renda posicionam o Brasil em 15º lugar no ranking do G20. Isso ocorre em função da renda per capita baixa no país, de US$ 10,847, praticamente um terço da renda per capita dos países desenvolvidos. O único indicador em que o Brasil lidera é o de Sustentabilidade, com destaque para a baixa emissão de carbono e o alto porcentual de território protegido contra o desmatamento (28%). Nos Estados Unidos, são 14,8% e, no Canadá, 8%.


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Críticas às mudanças no Código Florestal

Interessante o texto a seguir!!! Vale a leitura!!!

Enviado por Romanelli do Terra Magazine

Contra a votação hoje do Código Florestal

Por Rui Daher

Quando a coluna estava sendo escrita ainda não era certo o substitutivo que modifica a legislação atual ser votado nesta terça-feira (24). O ato dependia de um acordo no Congresso entre os partidos da base aliada. Melhor: entre governo e parlamentares que representam os grandes proprietários de terras.

Na concepção dos últimos, a proposta do relator Aldo Rebelo (PCdoB – SP) já estaria aprovada há muito tempo, as infrações cometidas no passado anistiadas e o retrocesso nas salvaguardas à preservação ambiental legalizado.

Eles e seus cúmplices nas associações de classe pouco se importaram com os estudos feitos pelas Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que nem mesmo se pretendiam conclusivos, mas indicavam a necessidade de mais pensar antes de se abrir nossos biomas e biodiversidade para novas décadas de devastação.

No regime democrático a instituição de um Poder Legislativo livre é um bem em si. Mesmo quando, como aqui, abriga um espesso caldo de corrupção e fisiologismo, o que faz mais clara a nossa incapacidade de construir uma base social e política capaz de sustentar a promessa tão próxima de exuberância econômica.

Atenção. Não é verdade que para atender a demanda crescente por alimento, fibra, energia, será necessário ampliar a área de plantio além dos limites impostos pelas atuais leis ambientais. Contas como essas são feitas com a matemática de interesses particulares, quando não para enganar trouxas.

Há largos espaços para evoluir na área plantada e na produtividade com aplicação de tecnologias ajustadas às boas práticas de manejo. A EMBRAPA sabe disso.

Também não é verdade, como quer o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, que o Código precisa ser votado até 12 de junho para que milhares de produtores rurais não passem a produzir na ilegalidade. Ninguém melhor do que ele para saber quantas prorrogações já foram concedidas pelo governo para multas, interdições, proibições e, claro, dívidas.

A Lei de Crimes Ambientais está em vigor desde 1999 e concede 30 anos de prazo para uma propriedade recuperar o que devastou.

Anistiar desmatamento feito ao abrigo de leis vigentes no passado não é diferente de justificar crimes cometidos no período da Inquisição, apesar destes contarem com a complacência até de santos papas.

Ironicamente, hoje estamos diante de mais uma prova de que abrigado por leis frouxas o interesse financeiro imediato falará mais alto do que a aposta no futuro ambiental. Bastou serem afastados os sintomas da queda nos preços das commodities para que, capitalizados, os grandes proprietários de terra ganhassem fôlego para aumentar em quase 30% o desmatamento na Amazônia Legal.

Dizer que o fato pode estar relacionado à proximidade da anistia trazida pelo novo Código não é mais absurdo do que relacioná-lo à ineficácia do IBAMA, como o fez Aldo Rebelo. Se tudo, professor, pode ser resumido a uma questão de repressão por que afrouxar uma legislação que nem mesmo foi capaz de minimizar o passivo ambiental de hoje?

Se, no entanto, não basta a racionalidade da argumentação daqueles que pedem estudos mais conclusivos antes de se reformular o Código Florestal, a coluna apela para a música e a poesia de Antônio Carlos Jobim (1927 – 1994), e pergunta:

De onde iremos tirar “promessa de vida” para nossos corações? Como faremos para “adivinhar a primavera” sem “o tico-tico que mora ao lado e passeia no molhado”? E do que se alimentarão os “vastos rios de águas calmas sem os riachinhos de água esperta”?

Rui Daher é administrador de empresas, consultor da Biocampo Desenvolvimento Agrícola.

Fale com Rui Daher: rui_daher@terra.com.br


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Missão simulada para Marte completa um ano

Clausura

Os seis homens nas instalações da Mars500, perto de Moscou, completam hoje 365 dias em isolamento. A tripulação escreveu nas suas últimas cartas para casa sobre os pontos altos da missão, a monotonia, o espírito de equipe e a determinação em continuar.

“Uau! Já passou um ano,” começa Diego Urbina, um dos dois tripulantes da Mars500, da ESA, na sua última entrada do diário.

“Uma forma de ter uma ideia é pensar no que estava fazendo há exatamente um ano, e depois imaginar-se vivendo em uma caixa de metal, sem janelas, a partir de então,” escreveu ele.

Na realidade, a tripulação não foi a lado nenhum nestes 12 meses, mas em teoria foram a Marte, exploraram a superfície do planeta vermelho e fazem agora a viagem de regresso.

O maior problema para a exploração espacial futura não é necessariamente a tecnologia, mas as pessoas e as interações entre a tripulação. [Imagem: ESA]

Nave e viagem virtuais

A tripulação de seis homens – três russos, dois europeus e um chinês – passou da exposição de uma conferência de imprensa para os seus módulos de isolamento no dia 3 de Junho de 2010, iniciando a sua viagem virtual em direção ao Planeta Vermelho.

As instalações imitam com rigor cada aspecto de um voo interplanetário, na medida do possível, sem de fato viajarem no espaço. A “nave” é composta por quatro cilindros selados, que estão interligados, num volume total de 550 metros cúbicos. Cada um tem a sua própria cabine e eles vivem e trabalham de uma forma muito semelhante à dos astronautas na Estação Espacial Internacional.

“O lado ruim desta rotina é que todos os dias, durante o último ano, acordamos à mesma hora, para fazer os mesmos exames médicos com os mesmos equipamentos: sem fins-de-semana ou férias durante um ano!” escreve no seu diário Romain Charles, outro astronauta da ESA.

Rotina espacial

Depois do entusiasmo dos primeiros meses, a vida tornou-se numa rotina e a tripulação ficou na expectativa da chegada a Marte no final de Janeiro. Pousaram com um módulo de aterragem (na realidade, outro módulo ligado ao seu módulo de habitação) que tinha ficado à espera com mantimentos, em órbita de Marte.

Depois de descarregar a carga, Diego instalou-se no módulo com Wang Yue e Alexandr Smoleevskiy, e “aterrou” em Marte. Fizeram três passeios com roupas espaciais Orlan num grande buraco, construído de forma a que se parecesse com a superfície marciana. Durante estes passeios marcianos, recolheram amostras, montaram experiências e conduziram um jipe, tal como os verdadeiros astronautas farão um dia em Marte.

Os astronautas fizeram três passeios com roupas espaciais Orlan num grande buraco, construído para que se parecesse com a superfície marciana. [Imagem: ESA/IPMB]

Depois de conquistar o Planeta Vermelho, o trio voou de volta à nave interplanetária e a tripulação reuniu-se para dar início à longa viagem de volta, em 2 de Março. Eles chegarão à Terra em 5 de Novembro, quando as portas da unidade de isolamento se abrirão. A missão irá continuar ainda por umas semanas, com os exames médicos e o compartilhamento de informações.

Convivência

O maior problema para a exploração espacial futura não é necessariamente a tecnologia, mas as pessoas e as interações entre a tripulação. Este é o foco principal da experiência Mars500.

“A nossa tripulação tem cumprido as dezenas de experiências que temos de fazer constantemente, independentemente de atravessarmos períodos mais fáceis ou mais difíceis, produzindo dados de qualidade que ajudam os melhores cientistas a avaliar aquilo por que os viajantes espaciais do futuro irão passar,” escreve Diego.

“Ainda temos 5 meses pela frente e muitas oportunidades de fazer desta viagem a Marte um acontecimento ainda mais especial,” acrescenta Romain.

“Temos uma excelente tripulação e apesar de termos passados significativamente diferentes, nunca vivemos qualquer conflito entre nós. É por isso que sou muito otimista relativamente aos nossos últimos dias nos módulos da Mars500. Vemo-nos a 5 de Novembro quando aterrarmos na Terra, depois da nossa viagem de 520 dias ao Planeta Vermelho, e não antes disso!”

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br


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Últimas aulas de Dinâmica Física da Terra disponíveis!!!

Alô, alô alunos e alunas da disciplina de Dinâmica Física da Terra. Está disponível para download imediato, as últimas aulas da nossa disciplina.

As temáticas são:

Ação geológica do gelo

Noções sobre solos

Abraços

Dakir Larara


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As discussões sobre o código florestal II

Por Luis Nassif

No post anterior sobre esta temática, apresentei os argumentos do deputado Aldo Rebelo, relator do projeto de lei do novo Código Florestal. Vamos aos argumentos contrários dos ambientalistas, levantados por Bruno de Pierro, da Dinheiro Vivo.

O ponto central de discórdia é a confusão de duas situações distintas: o desmatamento que já ocorreu e o desmatamento futuro. Segundo Aldo, não haverá nenhuma tolerância com qualquer desmatamento que tenha ocorrido após a lei ter definido crimes ambientais. Antes disso, não havia crime.

Houve períodos da história em que punia-se quem não desmatava, pois significava não explorar economicamente a terra, explica ele. O que se discute é o que se fará com as propriedades que desmataram antes, que vão desde a colonização do Mato Grosso nos anos 30, do Paraná nos anos 50 até a da Amazônia nos anos 70.

Não preservação das matas ciliares

Para Philip Fearnside, do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), o principal impacto do novo código será a redução de matas ciliares, segundo ele, o principal fator das inundações que ocorreram em Alagoas, Pernambuco e Rio de Janeiro recentemente. Em relação ao reflorestamento das margens do rio, Jean Paul Walter Metzger, da USP, considera que a faixa mínima deveria ser de 100 metros de cada margem a partir da maior área alagada do rio.

Segundo Aldo, se ampliar a metragem ou considerar como ponto de referência a área alagada, inviabilizará toda propriedade rural – já que agricultura sempre se desenvolve na beira de rios – principalmente as pequenas, que são cultivadas de forma intensiva

As reservas legais

Para Thomas Michael Lewinsohn, da Unicamp, o novo CFB praticamente extingue as Reservas Legais (RL), ao liberar 90% das propriedades rurais de sua conservação. A defesa de Aldo é que são pequenas propriedades que seriam praticamente inviabilizadas caso expostas à lei anterior. Novos desmatamentos não serão tolerados.

Anistia

O principal prejuízo, diz Fearnside, é o descrédito do estado de direito, ao determinar a anistia aos proprietários de terras multados por desmatamento

A posição de Aldo é a de que as multas seriam suspensas até que o governo soltasse um decreto regulamentando o que poderia ou não ser plantado em APPs (Áreas de Preservação Permanente). Não se prevê anistia a quem desmatou depois que a lei de crimes ambientais foi promulgada.

A substituição das florestas

Segundo Fearnside, qualquer abertura para substituir as reservas legais de florestas em propriedades na Amazônia por plantações de espécies como, por exemplo, o dendê, traria enormes prejuízos ambientais.

Lewinsohn, da Unicamp, lembra que o novo código não fixa nenhuma proporção mínimo de preservação ou recomposição de vegetação nativa e a exploração econômica dessas áreas será feita conforme parâmetros estabelecidos por cada Estado ou município. Dessa forma, as RL deixam de ser reservas de serviços ecossistêmicos e de proteção ambiental.

Segundo Aldo, essa regra vale apenas para a situação atual, para aqueles casos anteriores à lei, em que houve desmatamento. Em hipótese alguma se prevê qualquer leniência com novos desmatamentos.