Blog do Daka

Um espaço para compartilhar informações e estimular a reflexão.


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Sistema Terra – Aula do dia 25/11 disponível!!!

Alô, alô alunos da disciplina de Sistema Terra!!! A aula da última quinta-feira (A Biosfera – domínios e suas interações) está disponível para download imediato.

É só clicar AQUI!!

Texto de apoio sobre SOLOS.

Aula em PPT sobre SOLOS.

Abraços e beijos!

Dakir Larara


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E se os países populosos tivessem os maiores territórios?

O primeiro mapa foi desenhado na Babilônia por volta do século IX a.C. e era apenas uma tábua de argila mostrando algumas partes da Mesopotâmia. Hoje, o desenho mais usado para representar o mundo é a “Projeção de Mercator”, feita em 1569 pelo geógrafo e cartógrafo flamengo Gerhard Kremer (que tinha o nome latino “Gerardus Mercator”).

Mas existem outras formas de desenhar o mundo. Esta aqui, por exemplo, feita por Frank Jacobs, no site Big Think, mostra como seria o mundo se os países mais populosos do mundo ficassem no lugar dos países com maior área. Confuso? Ver a imagem ajuda um pouco (clique para ampliar):

Por exemplo, a China, país com a maior população, estaria no lugar da Rússia, que tem a maior extensão territorial, mas tem apenas a nona população. Os 141 milhões de russos estariam no território do Cazaquistão, o nono maior país do mundo em área, mas 62º em população.

Podemos ver que o Canadá, segundo maior país em área mas 36º em população, acabou ficando no território paquistanês, bem menor. Apenas quatro países não mudaram de lugar: Estados Unidos, Brasil, Iêmen e Irlanda. Isso acontece porque ocupam a mesma posição tanto na lista de países mais populosos quanto na de países com maior área. Em ambas, os Estados Unidos ficam em terceiro lugar; o Brasil, em quinto; o Iêmen, em 49º; e a Irlanda, em 119º.

Apesar de continuar na mesma região, o Brasil ganha vizinhos muito diferentes e passa a fazer fronteira com Azerbaijão, Ruanda, Sudão, África do Sul, França, Ucrânia, Angola, Nigéria e Benin. Ou seja: como o Brasil virou freguês da França, nunca mais conquistaríamos nenhuma Copa América…

Nossa vizinha (e rival) Argentina acaba indo parar bem longe: no continente africano, substituindo a Tanzânia. A Coreia do Sul e a Coreia do Norte não se livram dos conflitos de fronteira: elas também foram para o continente africano, mas ficaram uma ao lado da outra.

Abraços

Fonte: guiadoscuriosos.com.br

Dakir Larara


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BlackBerry PlayBook Vs. Apple iPad: Web Fidelity

Uma comparação interessante, no quesito velocidade dos navegadores, entre os tablets da Blackberry (o Playbook) e o iPad (da Apple). Na sequência, um pequeno texto em inglês.

I know many of you are eager to see more of the BlackBerry® PlayBook™ in action. I’m excited to share the above video with you that we filmed with Matthew from the web browser group here at RIM, which demonstrates how the web browsing experience is coming together on the PlayBook.

On the video, Matthew quickly runs through a series of comparison tests with a PlayBook and iPad (running iOS 3.2.2), which demonstrate three things: the speed of the PlayBook Browser, its support for rich Adobe® Flash® content, and the performance of open web standards like HTML 5 on the PlayBook. Post a comment and let us know what you think!

Abraços

Dakir Larara


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Trailer impressionante de “Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles”!!!

Não se deixe enganar pelo título genérico desse filme, pois ele promete ser uma das grandes surpresas cinematográficas de 2011. Battle: Los Angeles (título original em Inglês) apareceu sem muita cerimônia durante a Comic-Con deste ano e surpreendeu a todos. O filme retrata a luta de um sargento da Marinha e seu novo pelotão na tentativa de que Los Angeles  não seja destruída, como muitas outras capitais, por alienígenas. História bem simples e que não deve apresentar muitas reviravoltas para o público, mas maneira como ela é conduzida parece ser o diferencial do filme. Deêm uma olhada no trailer:

TENSO! Sabem o que eu curti mais nesse trailer? Não foi a música bizarra, os incríveis efeitos especiais e nem o clima de suspense foram as cenas nos minutos 1:45 e 1:53 que se focam nos rostos aterrorizados dos personagens enfrentando os alienígenas! O diretor Jonathan Liebesman parece que conseguirá emplacar um grande filme. No elenco estão Aaron Eckhart, Ne-Yo, Michelle Rodriguez, Michael Peña, Bridget Moynahan e Joey King. Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles tem previsão de estréia para 11 de Março de 2011 nos EUA, já no Brasil o filme chega uma semana depois.

Fonte: http://www.omelete.com.br e http://www.portallos.com.br


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Astrônomos descobrem bolhas gigantescas na Via Láctea

Bolhas galácticas

Usando dados do Telescópio Fermi, uma equipe de astrônomos e astrofísicos identificou uma gigantesca estrutura que abrange mais da metade do céu visível, espalhando-se a partir do eixo central da Via Láctea. A partir do centro da galáxia, as duas bolhas prolongam-se em direções opostas, cobrindo da constelação de Virgem até a constelação de Grus. Mas como algo tão grande nunca havia sido visto antes?

Outros astrônomos que estudaram os raios gama não haviam detectado as bolhas em parte por causa de um “nevoeiro” de radiação gama que aparece em todo o céu. [Imagem: NASA/DOE/Fermi LAT/D. Finkbeiner et al.]


A chave é o Telescópio Espacial Fermi, da NASA, o mais sensível detector de raios gama já lançado ao espaço. Raios gama são a forma mais energética da luz. Outros astrônomos que estudaram os raios gama não haviam detectado as bolhas em parte por causa de um “nevoeiro” de radiação gama que aparece em todo o céu. Essa neblina de alta energia surge quando partículas se movendo perto da velocidade da luz interagem com a luz e com o gás interestelar na Via Láctea.

A equipe do telescópio refina constantemente seus modelos, de forma a descobrir novas fontes de raios gama obscurecidas por esta emissão difusa.

Emissão de raios gama

Usando várias estimativas da neblina de raios gama, Doug Finkbeiner e seus colegas do Centro Harvard-Smithsoniano para Astrofísica, nos Estados Unidos, foram capazes de “soprá-la” das imagens, desvendando as bolhas gigantes. Agora falta descobrir o que exatamente são as bolhas: “Nós não entendemos completamente nem sua natureza e nem a sua origem,” diz Finkbeiner.

A equipe está realizando mais análises para entender melhor como a estrutura pode ter sido formada. As emissões das bolhas são muito mais energéticas do que o nevoeiro de raios gama visto em outras partes da Via Láctea. As bolhas também parecem ter bordas bem definidas. A forma da estrutura e as emissões sugerem que ela se formou como resultado de uma liberação de energia grande e relativamente rápida – cuja origem continua um mistério.

De uma extremidade a outra, as bolhas de raios gama estendem-se por 50.000 anos-luz, metade do diâmetro da Via Láctea. [Imagem: Goddard Space Flight Center]


Uma possibilidade inclui um jato de partículas de um buraco negro supermaciço no centro da galáxia. Em muitas outras galáxias, os astrônomos já observaram jatos de partículas alimentados pela matéria que cai dentro de um buraco negro central. Embora não haja evidências de que o buraco negro da Via Láctea tenha um jato assim na atualidade, ele pode ter tido no passado.

As bolhas também podem ter-se formado como resultado da ejeção de gás de uma explosão de formação de estrelas, talvez a que produziu muitos aglomerados de estrelas maciças no centro da Via Láctea, vários milhões de anos atrás.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br


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Brasil usará satélite japonês para monitorar Amazônia

Gilberto Câmara e Keiji Tachikawa assinaram em Tóquio, nesta semana, uma carta de intenções para a utilização de dados do satélite japonês ALOS (Advanced Land Observing Satellite).

O satélite ALOS, ou DAICHI, em japonês, foi lançado em 2006, e tem como característica de destaque a capacidade de observar o solo mesmo em dias nublados.[Imagem: Inpe]


Gilberto é diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) e Tachikawa é presidente da Agência Aeroespacial do Japão (Jaxa).

Vendo através das nuvens

O satélite ALOS, ou DAICHI, em japonês, foi lançado em 2006, e tem como característica de destaque a capacidade de observar o solo mesmo em dias nublados. Isto é possível graças ao seu principal instrumento, o radar PALSAR (phased array type L-band synthetic aperture radar), com uma antena de 8,9 x 3,1 metros.

A parceria vai agregar a tecnologia de observação através das nuvens à experiência brasileira no monitoramento de florestas tropicais, que está sendo levada a outros países por meio dos cursos de capacitação técnica oferecidos pelo Inpe.

Observação da Amazônia

Os dados do ALOS serão utilizados sobretudo no monitoramento para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação em Países em Desenvolvimento (REDD).

O Inpe já vem utilizando dados do PALSAR em estudos na Amazônia. Com o novo acordo, o Brasil receberá as imagens de alta resolução captadas pelo PALSAR e os cruzará com dados coletados localmente, na superfície, para checar a precisão da observação do satélite. Além do encontro com o presidente da Jaxa, o diretor do Inpe cumpre em Tóquio compromissos com representantes do Ministério das Relações Exteriores do Japão para debater assuntos como mudanças climáticas e políticas espaciais.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br


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Futuro energético do planeta está nas folhas artificiais, diz cientista

Fotossíntese artificial

A melhor solução para os problemas globais de produção de energia já foi desenvolvida, é muito eficiente e vem sendo utilizada há mais de 2 bilhões de anos: a fotossíntese. A afirmação foi feita por James Barber, professor do Imperial College London, no Reino Unido, durante evento realizado em São Paulo.

James Barber, do Imperial College London, é considerado um dos principais divulgadores do potencial da fotossíntese artificial. [Imagem: sebiology.org]

Considerado um dos principais pesquisadores no mundo no tema da fotossíntese, Barber é membro da Royal Society of Chemistry e publicou 15 livros e mais de 500 artigos científicos sobre o assunto.

“Imitar a natureza e desenvolver catalisadores capazes de mimetizar a fotossíntese – propiciando uma fonte de energia limpa e praticamente ilimitada – não é um sonho. É uma possibilidade real, contanto que seja feito um esforço internacional multidisciplinar que reúna os cientistas mais talentosos do planeta”, disse o pesquisador.

Segundo ele, uma tecnologia capaz de usar a luz do Sol com eficiência semelhante à observada nas plantas seria a solução definitiva para a questão energética. “A quantidade de radiação solar que se precipita no planeta Terra é gigantesca”, disse.

Consumo de energia no mundo

“Uma hora de luz solar equivale à totalidade da energia que utilizamos em um ano em todo o mundo. É a maior quantidade de energia disponível. Não há nada que se aproxime disso. É também uma energia que incide sobre praticamente todo o globo. É, portanto, igualmente distribuída. Aprender a usar essa energia seria um salto sem precedentes na história da humanidade”, destacou.

A população da Terra consome a cada ano, segundo Barber, 14 terawatts de energia, sendo que a maior parte é proveniente de combustíveis fósseis como petróleo (4,5 terawatts), gás (2,7 terawatts) e carvão (2,9 terawatts).

As árvores solares do artista Ross Lovegrove junta arte com painéis solares tradicionais. [Imagem: Ross Lovegrove]

“Como sabemos, isso é insustentável. Estamos queimando combustíveis fósseis desde a Revolução Industrial e chegamos a emitir carbono em uma concentração de 360 partes por milhão (ppm).

“À medida que a população global aumenta de modo exponencial, essa emissão piora. Sabemos que se chegarmos a 550 ppm, haverá mudanças dramáticas no clima do planeta”, afirmou.

Folhas artificiais

Desenvolver uma “folha artificial” seria, segundo ele, a melhor solução a longo prazo. A tecnologia para capturar a energia solar e transformá-la em eletricidade já é bem conhecida: a energia fotovoltaica. Mas, embora seja importante, a energia fotovoltaica não resolve o problema energético.

“A energia fotovoltaica é cara para competir com os baratos combustíveis fósseis. Em segundo lugar, não é suficiente apenas a produção de eletricidade. Precisamos de combustíveis para carros e aviões. O ideal é que tenhamos combustíveis líquidos de alta densidade, como é o caso do petróleo, do gás ou até mesmo dos biocombustíveis”, afirmou.

A nanofolha usa tecnologia piezoelétricas mas tenta manter a aparência de folha, algo que o pesquisador acredita não ser essencial nas pesquisas de fotossíntese artificial. [Imagem: Solar Botanic]

A folha artificial, segundo Barber, é uma tecnologia que absorveria energia solar, armazenando-a em bombas químicas e produzindo combustível. “Talvez produza metanol, ou metano. Mas o importante é que teremos um combustível de alta densidade, como o petróleo, que tem uma quantidade incrível de energia armazenada em um pequeno barril”, disse.

“É muito difícil armazenar grandes quantidades de energia em baterias. Ainda não temos a tecnologia para isso. Talvez um dia tenhamos, mas, no momento, acreditamos que armazenar energia em bombas químicas, como a fotossíntese faz, é o ideal”, apontou.

Bombas químicas

Com o armazenamento em bombas químicas, a energia solar poderia ser guardada, transportada e distribuída. “Esse armazenamento se daria de uma forma mais complexa que a da energia fotovoltaica. O armazenamento é o verdadeiro desafio que temos pela frente para chegar à folha artificial”, afirmou. A solução desse desafio, no entanto, pode não estar tão distante quanto parece. Para Barber, a vantagem é que a química envolvida com a fotossíntese já foi desenvolvida, testada e aprovada pela natureza.

“Conforme queimamos combustíveis fósseis, jogamos dióxido de carbono na atmosfera e isso é ruim para nós. Mas não é ruim para as plantas. Elas gostam de dióxido de carbono. Tanto que usamos o enriquecimento por CO2 em estufas. Então, trata-se de uma química que já existe. As plantas capturam o dióxido de carbono e o convertem novamente em combustível, em moléculas orgânicas”, disse.

A folha artificial, segundo Barber, usará energia da luz para tirar oxigênio da água. Em seguida, o oxigênio servirá para converter o dióxido de carbono novamente em um composto rico em carbono. “Mas, para conseguir isso, teremos que desenvolver a catálise química. É preciso ter uma concepção robusta, usando materiais baratos e funcionando de maneira eficiente, que permita competir com os combustíveis fósseis”, afirmou.

Não precisa ser verde

O pesquisador britânico comparou o desafio do desenvolvimento da folha artificial ao desafio da aviação. “Leonardo da Vinci observou pássaros voando e sabia que o voo era fisicamente possível”, disse.

“Ele tentou desenhar máquinas voadoras. Se olharmos os rascunhos, veremos que ele tentou, sem sucesso, mimetizar o voo de uma ave. No fim, conseguimos voar. Era possível. Há milhões de pessoas voando todos os anos em veículos construídos pelo homem, mas de uma maneira que Da Vinci jamais poderia imaginar”, disse.

Enquanto árvores e outras plantas armazenam o gás em seus tecidos, a árvore artificial guarda o CO2 em um filtro, que comprime o gás e o transforma em líquido. [Imagem: Global Research Technologies, LLC]

Assim como os aviões voam de maneira completamente diferente das aves – embora elas tenham sido a primeira inspiração para os inventores -, as folhas artificiais, segundo Barber, provavelmente não terão semelhança com as folhas das árvores.

“Não é preciso que se pareça com uma folha. Será uma tecnologia muito diferente da fotossíntese feita por elas. A forma como alcançaremos essa tecnologia poderá ser muito diferente da maneira encontrada pela natureza”, apontou.

Para o cientista do Imperial College London, a folha artificial não foi desenvolvida até agora porque só recentemente se acelerou o avanço do conhecimento a respeito da fotossíntese. Os cientistas não sabiam, por exemplo, como ocorria a quebra da água no processo. “Hoje existe muito mais informação sobre os processos naturais. Os químicos estão trabalhando na construção de catalisadores artificiais e estão muito mais confiantes para começar a sintetizar”, disse.

“Estamos no caminho do desenvolvimento dessa catálise. Mas, até agora, não tínhamos muitos trabalhos feitos sobre o tema, em nível global. Outro fator limitante é que os combustíveis fósseis dominam. E não houve ênfase em tentar desenvolver outras tecnologias inovadoras para o futuro. O motivo é simples: os combustíveis fósseis são baratos”, afirmou.

Solução para o problema energético

Para Barber, o desenvolvimento da folha artificial seria a principal solução global para o problema energético. “Não consigo ver nenhuma outra alternativa a longo prazo. A curto prazo, provavelmente continuaremos queimando petróleo, carvão e gás. E rezar para que nada mais dramático aconteça com o clima. A médio prazo, deveremos usar biocombustíveis, mas nem todos os países poderão se valer dessas tecnologias”, disse. Segundo o cientista, a folha artificial é provavelmente mais viável, como solução global, do que as tecnologias limpas com uso de fusão nuclear. “Isso é algo difícil demais para se fazer. Não dá para comparar com a viabilidade da folha artificial, cuja tecnologia já existe”, ressaltou.

“Posso produzir uma amanhã mesmo, usando um aparelho de produção de energia fotovoltaica, combinado com eletrodos de platina, alimentando o equipamento com energia solar, fazendo oxigênio e hidrogênio. Não é um sonho. É uma questão de otimização e de barateamento de produção”, afirmou.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br


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Pulverizar nuvens para fazer chover não funciona, dizem cientistas

Um novo estudo indica que a pulverização de nuvens para a produção “forçada” de chuva não funciona tão bem como se imaginava.

Chuva artificial

Em muitas áreas do mundo, como o sertão nordestino, a chuva é um recurso raro e precioso. Para estimular a precipitação, há décadas tem-se experimentado semear as nuvens com produtos químicos, como iodeto de prata ou dióxido de carbono congelado (gelo seco).

Há muitos defensores do método, que já teve usos famosos, como em 2008 nos Jogos Olímpicos de Pequim, quando grande quantidade de partículas foi pulverizada em nuvens para que chovesse antes – e não durante – as provas esportivas. Mas, de acordo com a nova pesquisa, feita por cientistas do Departamento de Geofísica da Universidade de Tel Aviv, em Israel, o mecanismo não é eficiente. Os resultados foram publicados na revista Atmospheric Research.

Pulverização de nuvens

O estudo analisou dados sobre pulverização de nuvens nos últimos 50 anos, detendo-se particularmente nos efeitos da atividade em uma área no norte de Israel. O grupo comparou estatísticas de períodos sem pulverização e com pulverização, bem como a precipitação em áreas adjacentes e em que não houve tentativas de produção de chuvas.

“Ao comparar as estatísticas de chuva com períodos de pulverização, conseguimos ver que os aumentos na precipitação ocorreram ao acaso. Os aumentos foram devidos a mudanças de padrões climáticos e não à semeadura de nuvens”, disse Pinhas Alpert, um dos autores do trabalho.

O mais destacado foi um período de seis anos de aumento na precipitação, que se acreditava ter sido um bem-sucedido resultado da chuva artificial. Pinhas e seus colegas verificaram que a elevação correspondeu à manifestação de um tipo específico de ciclone, consistente com o aumento de chuvas sobre as regiões montanhosas em Israel que foram pulverizadas. Os pesquisadores observaram que no período também houve um aumento nas chuvas sobre os montes da Jureia, área na qual não foi feita a semeadura de nuvens.

Nuvens sobre montanhas

Apesar de ser um método caro, há atualmente mais de 80 projetos de pulverização de nuvens em andamento no mundo, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial. A despeito das iniciativas, segundo Pinhas não há, até o momento, provas de que o método realmente funciona. A exceção, ressalta o cientista, é se a semeadura for feita em nuvens orográficas, que são formadas sobre montanhas e duram pouco.

Fonte: Reassessment of rain enhancement experiments and operations in Israel including synoptic considerations Zev Levinlow, Noam Halfon, Pinhas Alperta.

September 2010
Vol.: 97, Issue 4, Pages 513-525
DOI: 10.1016/j.atmosres.2010.06.011


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Astrônomos descobrem mudança climática em escala cósmica

Aquecimento cósmico

Uma equipe de astrônomos encontrou indícios de que o Universo pode ter passado por uma tendência de aquecimento no início de sua história. Eles mediram a temperatura do gás que se encontra entre as galáxias e encontraram uma indicação clara de que sua temperatura aumentou de forma constante durante o período entre um décimo e um quarto de sua idade atual.

Este gráfico mostra a temperatura do meio intergaláctico quando o Universo tinha entre um e três bilhões de anos, sobreposta com uma impressão artística do surgimento das galáxias. A região sombreada mostra a faixa de possíveis temperaturas, medidas pela equipe.[Imagem: Amanda Smith / IoA]

Essa mudança climática cósmica foi provavelmente causada pela gigantesca quantidade de energia gerada pelas jovens galáxias, muito ativas durante essa época. “No início da história do Universo, a grande maioria da matéria não estava em estrelas ou galáxias,” explica o astrônomo George Becker, da Universidade de Cambridge. “Ao contrário, ela estava espalhada na forma de um gás muito fino que preenchia todo o espaço.”

Registro fóssil do clima cósmico

A equipe liderada por Becker foi capaz de medir a temperatura desse gás utilizando a luz de objetos distantes, chamadas quasares.

“O gás, que fica entre nós e o quasar, acrescenta uma série de marcas à luz desses objetos extremamente brilhantes,” explica Becker.”Analisando como essas impressões bloqueiam parcialmente a luz dos quasares podemos inferir muitas das propriedades do gás absorvente, tais como onde ele está, do que é feito e qual é a sua temperatura.”

A luz do quasar que os astrônomos estudaram tem mais de dez bilhões de anos de idade no momento em que chega à Terra, tendo viajado através de vastas áreas do universo. Cada nuvem de gás intergaláctica que a luz atravessou durante essa jornada deixou sua própria marca, e o efeito acumulado pode ser usado como um registro fóssil da temperatura no início do universo.

“Assim como o clima da Terra pode ser estudado através de núcleos de gelo e anéis de árvores,” explica Becker, “a luz dos quasares contém um registro da história do clima do cosmos.”

É claro que há grandes diferenças de magnitude nessas medições de temperatura. “Um bilhão de anos após o Big Bang, o gás que medimos tinha uma temperatura bem ‘fria’ de 8.000 graus Celsius. Três e meio bilhões de anos mais tarde a temperatura havia subido para pelo menos 12.000 graus Celsius,” diz o astrônomo.

Padrão do clima cósmico

A tendência de aquecimento contraria o “padrão normal” atribuído ao clima cósmico. Segundo as teorias atuais, o Universo deveria esfriar ao longo do tempo. À medida que o cosmos se expande, o gás deve ficar mais frio, como o gás que escapa de uma lata de aerossol.

“Os prováveis culpados desse aquecimento intergaláctico são os próprios quasares,” explica Martin Haehnelt, coautor do estudo. “Durante o período da história cósmica estudada pela equipe, os quasares estavam se tornando muito mais comuns. Esses objetos, que se acredita serem buracos negros gigantes engolindo matéria no centro das galáxias, emitem enormes quantidades de luz ultravioleta de alta energia. Esses raios UV teriam interagido com o gás intergaláctico, criando o aumento da temperatura que observamos.”