Blog do Daka

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29 de maio, dia do Geógrafo

Olá pessoas!!! Hoje, dia 29 de maio, comemoramos mais um dia do Geógrafo. Desta forma, não poderia deixar de fazer um pequeno texto sobre a minha profissão e área de conhecimento que é, infelizmente, uma das mais desprezadas e desprestigiadas em nosso país. Mas a coisa, ao poucos, está mudando com a abertura de concursos em órgãos públicos (dentre eles as universidades e setores técnicos) e postos de trabalho em empresas privadas, sejam no setor de ensino ou de consultoria.

Essa data, não por acaso, coincide com o dia de fundação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Brasil, geógrafo é o profissional bacharel em Geografia, legalmente habilitado através da Lei nº. 6664/79, regulamentada pelo Decreto n°.85.138/80 e alterada pela Lei n°. 7.399/85, com regulamentação dada pelo Decreto n°. 92.290/86. Pela legislação, todo geógrafo deve possuir registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) da unidade da federação onde exerce seu trabalho. Mas cá pra nós: a Geografia é uma só!!! Bachareis e Licenciados, possuem distintas atribuições profissionais, é claro, mas lutam por uma só causa – construir, seja numa sala de aula, seja num órgão público ou privado, as ideias centrais da importância da nossa área de conhecimento para melhorarmos a nossa sociedade e, fundamentalmente, as pessoas que a estruturam.

Para celebrar meu dia (profissional), vou publicar um texto de autoria do filósofo e cientista político Emir Sader, que tem um trecho que exprime muito bem o sentido de pertencer à Ciência Geográfica. Destaquei o trecho em questão que está em negrito. Aí vai:

O que é ser politizado?
Emir Sader (Revista Caros Amigos de abril de 2007)

“Ser politizado é entender como funcionam as relações de poder em cada sociedade e no mundo em geral. É compreender que, por trás das relações de troca no mercado existem relações de exploração. Que, por trás das relações de voto, existem relações de dominação. Que, por trás das relações de informação, há um processo de alienação.

Ser politizado, no mundo de hoje, significa compreendê-lo no marco das relações capitalistas de acumulação e de exploração. Representa entender o mundo no marco da hegemonia imperial estadunidense, baseada na força militar e na propaganda do modo de vida estadunidense.

Ser politizado é compreender que tudo o que existe foi produzido historicamente, pelas relações entre os homens e o meio em que vivem. Ou melhor, entre os homens, intermediados pelo meio em que vivem. E que, portanto, tudo o que foi construído pelos homens pode ser desconstruído e reconstruído. Que tudo é histórico. Que a própria separação entre sujeito e objeto – que nos aparece como “dada” – é produzida e reproduzida cotidianamente mediante relações econômico-sociais alienadas.

Ser politizado é saber subordinar as contradições menores às estratégicas, saber que as contradições com o capitalismo são sempre também contra o imperialismo, pela fase histórica atual do capitalismo.

E o que é ser despolitizado?
Já ser despolitizado é achar que as coisas são como são porque são como são, sempre foram assim e sempre serão. É considerar que as pessoas sempre buscam tirar vantagens que não têm grandeza para lutar desinteressamente por um mundo melhor. Que o que diferencia as pessoas é a ambição de melhorar na vida, que a grande maioria não tem jeito mesmo.

Entre o ser politizado e o despolitizado está a alienação, a falta de consciência da relação entre nós e o mundo. Alienar é entregar o que é nosso para outro – como diz a definição jurídica em relação a bens. Ser alienado é não perceber a presença do sujeito no objeto e vice-versa, sua vinculação indissolúvel.

A luta pela emancipação humana é uma luta contra toda forma de exploração, de dominação, de discriminação, mas, antes de tudo e sobretudo, uma luta contra a alienação – condição de todas as outras lutas”.

Forte abraço a todos!!

Dakir Larara


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Semana marca transição para inverno climático com mais chuva e frio – Via Metsul

Via Metsul

Por Luis Fernando Nacthigall

Várias cidades do Sul e do Leste do Rio Grande do Sul tiveram nesta segunda-feira (19) a madrugada mais fria do ano até agora. Caso de Porto Alegre que amanheceu com 8,9ºC na estação do Sistema Metroclima do Lami (zona Sul) e 9,2ºC na Lomba do Pinheiro (zona Leste). Menor marca do ano também em Pelotas que teve 5,5ºC na madrugada no Cpmet/Ufpel. As menores marcas nesta segunda, como esperado, se deram no Sul, já que o ar frio tem limitada atuação na Metade Norte do Estado, onde se encontram as áreas de maior altitude e, logo, mais propícias às menores mínimas do território gaúcho.

Mais chuva. Mais frio. Esta é a síntese do padrão que gradualmente começa a se instalar no Estado a partir desta semana, marcando a transição para o inverno climático. Apenas em 21 de junho tem início oficialmente o inverno, mas, na prática, ele começa todos os anos antes. Tanto que junho, que tem 20 dias seus astronomicamente no outono, possui as menores médias históricas de temperatura na climatologia anual de Porto Alegre. Dentro deste novo padrão atmosférico, o Rio Grande do Sul começa a semana sob influência de uma massa de ar frio e terminará a semana sob impacto de outra e que se desenha mais forte que a atual. No final do mês há a possibilidade de outra incursão de ar polar. O que chama atenção são os indicativos de alguns modelos climáticos que têm tendências de mais longo prazo, apontando uma primeira metade junho com fortes incursões de ar polar. E vem também água. Os episódios de chuva no Estado (alguns significativos) tendem a aumentar a partir de agora e já nesta semana se poderá constatar com um evento de instabilidade de quarta ao começo da sexta-feira e mais intenso na quinta que pode trazer volumes altos de chuva para parte do Rio Grande do Sul e risco de granizo localizado.

Abraços

Dakir Larara