Blog do Daka

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Há alternativas ao conceito de desenvolvimento sustentável?

A utopia do desenvolvimento sustentável foi o tema do debate que reuniu cientistas, escritores e até a presidente da República na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, em Brasília. Em uma das mesas de discussão, o escritor moçambicano Mia Couto criticou a ideia de que a natureza pode ser “controlada, administrada”.

Crítico da ideia de desenvolvimento sustentável, o escritor e também biólogo avalia que a ideia de desenvolver traz uma negação: “Estamos retirando o núcleo central, o ambiente. E essa negação é a negação da identidade cultural dos povos que foram expropriados”. Povos cujos modos de vida poderiam inspirar uma relação do homem com a natureza, que seja baseada no respeito e não na compreensão “de que a natureza pode ser vista como um recurso natural”, segundo Mia Couto.

Para ele, é preciso localizar as razões pelas quais o mundo enfrenta, hoje, uma crise ambiental profunda: “Esse sistema não está mal porque não anda bem. Está mal porque produz miséria, desigualdade, causa ruptura em modos que vida que aí, sim, poderiam ser sustentáveis”.

Comportamento dos seres humanos

O presidente de Gana, Dramani Mahama, que é historiador e especialista em uso de tecnologia para a agricultura, alertou para a necessária mudança no comportamento dos seres humanos. “Se não criarmos uma teoria que nos ajude a sustentar a raça humana no mundo e continuarmos com essas taxas de consumo, o que vai acontecer com a raça humana?”, questionou Mahama, ao destacar que a população joga fora diariamente a mesma quantidade de alimento que consome, e que, por outro lado, falta alimento a parte da população.

“Nós precisamos aprender a existir com todas as espécies em nosso planeta, que é o único que temos. E nós só vamos aprender se mudarmos nosso conceito de felicidade e de bem-estar“, disse ele.

Tecnologia e a inteligência humana

A mudança de paradigma, que conduza a outra relação com a natureza, para os debatedores, deve começar desde já. A tecnologia e a inteligência humana devem ser usadas como ferramentas para a superação da crise atual, e a literatura deve ser capaz de despertar sensibilidades e reflexões.

Mia Couto disse que a literatura pode, desde já, “mostrar que o ambiente não é assim como nós o arrumamos; mas é tudo; não está fora de nós; está dentro de nós. A literatura pode fazer, e deve fazer essa denúncia daquilo que é uma espécie de fabricação permanente da desigualdade e da miséria”, afirmou. Crítico da situação atual, o escritor alertou:

“Nós estamos falando de uma situação que poderá ser catastrófica. Mas para dois terços da humanidade, essa catástrofe já está aqui e vem por causa da fome e da guerra,” concluiu ele.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

Abraços

Dakir Larara


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Aulas e mais aulas…

Ciclos Biogeoquímicos

Talassociclo e balanço de calor dos oceanos

Talassociclo – Características gerais

Ciclo hidrológico e água subterrânea

 

Abraços

Dakir Larara


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Últimas aulas disponíveis!!

Alô, alô alunas e alunos do curso de Geografia!!!

Seguem as últimas aulas das seguintes disciplinas:

Domínios e Paisagens Biogeográficos

Ecossistemas, Bioma, Energia e Cadeia Alimentar

Conceito de Bioma

Sucessão Ecológica

Dinâmica Física da Terra

Tempo Geológico

Geografia Física

Texto Estações do Ano

Geografia Política

Espaço e Poder, Território e Cidadania

A dominação da Natureza – A técnica como relação social de poder

Abraços

Dakir Larara


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Texto de Biogeografia disponível!

Alô, alô alunas e alunos da disciplina de Domínios e Paisagens Biogeográficos…

Está disponível para download imediato, o texto para a próxima aula (dia 4/Abr), Gradientes Latitudinais na Biodiversidade.

É só clicar AQUI para baixá-lo.

Abraços

Dakir Larara


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Sensacional vídeo do astrofísico Neil deGrasse Tyson

Neil deGrasse Tyson, para quem não conhece, é um astrofísico estadunidense. Atualmente é o Diretor do Frederick P. Rose (The Frederick Phineas and Sandra Priest Rose Center for Earth and Space) no Centro Rose para a Terra e o Espaço (The Rose Center for Earth and Space) em Manhattan, e investigador associado do departamento de astrofísica no Museu Americano de História Natural e consultor da NASA.

Neste vídeo, ele mostra seu talento para explicar coisas complexas e nos lembra de um fato desconfortável, para nós, espécie dominante do planeta: se a diferença entre nós e um macaco é de aproximadamente apenas 1,5% do DNA, imagine uma civilização alienígena 1% mais inteligente do que nós. Se nós, com 1,5% de diferença, saímos de descascadores de banana para enviar um robô à Marte, o que dirá nossos parentes ETs. Vale ver o vídeo e sua conclusão (reflexão eu diria) final.

Abraços

Dakir Larara


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Como Funcionam as Asas dos Pássaros

Eu também sempre achei que as asas dos pássaros simplesmente desciam e subiam e que era o fato de empurrar o ar para baixo que os fazia ficar voando no ar.

Mas não é só descer-e-subir não. Quando descem, as penas das asas ficam bem coladas umas às outras, para não deixar o ar passar, criar resistência e fazer com que um maior volume de ar seja empurrado para baixo. Quando sobem, as penas das ficam espaçadas, deixando o ar passar entre elas – empurrando o mínimo possível de ar para cima.

Sacou?

Além disso, a trajetória do movimento das asas não são exatamente iguais quando estão subindo e descendo. Veja essas e outras maravilhas da aerodinâmica da natureza no vídeo abaixo.

(Dá para ativar legendas em português clicando no respectivo ícone no player.)

Abraços

Dakir Larara


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Aulas das últimas semanas…

Alô, alô queridos(as) alunos(as) do Curso de Geografia. Seguem as aulas das últimas semanas. É só clicar para fazer o download. Espero que baixem e estudem.

Geografia Física – Histórico da OceanografiaOceanografia GeralBalanço de energia nos oceanos;

Domínios e Paisagens Biogeográficos – Talassociclo

Dinâmica Física da Terra – Dinâmica externa; Ação geológica do gelo

Abraços e beijos!!

Dakir Larara


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Como costurar um Planeta

“Pare de falar de Holoceno! Estamos no Antropoceno”

Hein? Como? É…pití de cientista é assim… dramático e complexo.

Foi assim que, num surto, o químico e ganhador de Prêmio Nobel Paul Crutzen interrompeu o palestrante no meio de uma importante conferência global (The Effects of Ozone-Depleting Compounds), cheia de cientistas e gente inteligente, há 10 anos, lá na Holanda. [Cabe salientar que a minha amada orientadora do doutorado, Dirce Suertegaray, já afirmava isso bem antes do tal Crutzen. Lá nas aulas da disciplina de Geomorfologia (de forma sintética, estuda o relevo e seus processos geradores) em meados dos anos 90 ela dizia: “Para muitos autores e para mim, estamos no período Quinário (ou Antropoceno) e na época Tecnogênica…”.]

O tal Holoceno, é uma época que se iniciou na última Era do gelo (há 12 mil anos) e se extende até hoje. E como você deve saber, “antropo” significa “homem”. O que Paul Crutzen  e Dirce Suertegaray quiseram dizer é que essas eras sempre foram medidas pelo impacto do planeta sobre o homem. Mas, agora as coisas se inverteram, e o impacto do homem sobre o planeta é, pela primeira vez na história, mais relevante. Portanto, agora é “Antropoceno“. Ou seja, pela primeira vez conseguimos criar um impacto sobre o planeta equiparável a uma era glacial.

No Terra vs. terráqueos, viramos o jogo.

MAS O QUE FOI QUE FIZEMOS?

Fizemos o maior liga-pontos do universo conhecido. Estamos construindo há milhões de anos uma malha de ligações entre pessoas. Criamos desenhos, estradas, pontes, línguas, alfabetos, livros, postes de luz, antenas, cabos submarinos de internet. Tudo o que foi (e for) possível para nos ligar uns aos outros, apesar de umas guerras aqui e acolá. Queremos nos unir, nos aproximar e com o perdão da palavra desgastada, nos conectar. E quanto mais a gente consegue, mais rápido criamos novas ligações.

De certa forma, parafraseando o biologista E. O. Wilson, posso afirmar que  o nosso padrão deixou de ser o do primata e ficou mais bacteriano. Nosso planeta que era assim como esse primeiro frame do video abaixo, ficou… (essa é a deixa para você dar o play)

… assim:

Parece linguagem de tecnologia, mas eu enxergo poesia pura, de emocionar mesmo. Vamos ver o que fazemos daqui para frente, já que estamos de mãos dadas, mais íntimos. Torço por orgiais cerebrais homéricas. O video é uma criação da Globaia.

Abraços

Dakir Larara


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Belo Monte – UFPA revisa número de atingidos por inundações para mais!!!

Estudos feitos por contratada da Norte Energia diziam que alagamento atingirá 16,4 mil pessoas na zona urbana de Altamira, mas pesquisa que adotou apenas referências aprovadas pelo IBGE indica que número de atingidos será de 25,4 mil moradores

O número de moradores de Altamira que serão impactados diretamente pela inundação do lago da usina hidrelétrica de Belo Monte poderá ser 55% maior que o registrado nos estudos de impactos ambientais do projeto, concluiu pesquisa feita pelo Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará (UFPA). O levantamento, feito a pedido do Ministério Público Federal (MPF), aponta que o total de pessoas atingidas será de 25,4 mil moradores, e não de 16,4 mil, conforme previsão registrada no relatório de impactos ambientais do projeto.

A discrepância entre os resultados é causada, em resumo, porque os cálculos foram feitos a partir de referências diferentes. Enquanto a UFPA se baseou apenas em um marco topográfico homologado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a equipe contratada pela Norte Energia S.A (Nesa) adotou uma série de outros pontos topográficos que estão desatualizados ou que não são do IBGE. Além disso, esses diversos pontos, tecnicamente chamados de Referências de Nível, não estão ligados entre si.

O ponto do IBGE utilizado nas medições feitas pela UFPA, que fica no 51º Batalhão de Infantaria de Selva, em Altamira, foi estabelecido a partir de medidas de 2009. Já alguns dos pontos do IBGE que a contratada da Nesa alega ter utilizado foram medidos em 1976. Por terem sido estabelecidos a partir de critérios técnicos não mais utilizados no país, o próprio IBGE alerta que tais pontos não são muito precisos. Além de utilizar referências ultrapassadas, a equipe contratada pela construtora de Belo Monte também fez medições com base em pontos que não são do IBGE, e sim da Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab/PA). O problema técnico criado pode ter sido causado, portanto, pelo uso de Referências de Nível heterogêneas, de fontes e épocas diferentes.

Essas duas formas de medir a altura máxima que o lago pode chegar na cidade de Altamira levaram a duas previsões diferentes. Para a UFPA, o nível de segurança de 100 metros abaixo do qual todos os moradores terão que ser retirados pode estar 90 centímetros acima do que calcularam os técnicos e empresas contratados  pela Norte Energia.

Referência internacional – Segundo os relatórios assinados pelos professores de engenharia da UFPA André Augusto Montenegro, Júlio César Aguiar, Evelyn Carvalho e Myrian Cardoso e ainda pela professora da Universidade da Amazônia Andreia Conduru Cardoso, o ponto adotado por eles na pesquisa (chamado tecnicamente de estação geodésica 99510 ou PAAT) é um marco oficial homologado pelo IBGE como referência internacional e estabelecido “dentro das mais modernas metodologias e técnicas, através de equipamentos altamente sofisticados, por equipe de profissionais de formação sólida e altíssima qualidade do IBGE”.

Em contrapartida, representantes da Nesa afirmaram em audiência pública realizada no final de 2011 na cidade de Altamira, que a referência internacional adotada pela UFPA é que é inadequada, errada em sua altura. A Nesa afirmou na ocasião que por causa do erro do IBGE, o cálculo da UFPA é que estaria incorreto. Para que a questão não fique apenas no plano teórico e a controvérsia seja resolvida antes que efetivamente as águas alcancem suas alturas máximas após a construção da barragem, produzindo danos irreparáveis, o relatório da UFPA propõe que a Nesa promova a realização de um estudo transparente e acompanhado pela sociedade.

“Trabalho que poderá ou deverá ser realizado por uma empresa ou em um projeto específico contratado pela Nesa, mas que adote referências confiáveis e seguras, sob o controle da sociedade civil que, em última análise, é quem efetivamente será impactada ou penalizada”, sugere a UFPA, em função dos altos custos que o referido trabalho demanda.

Entenda o caso:

  • Duas equipes técnicas (uma contratada pela construtora da hidrelétrica e outra da UFPA, convidada pelo MPF) utilizaram formas diferentes de calcular a altura que o lago de Belo Monte pode atingir em Altamira na máxima cheia, altura que determina também quantos e quais moradores perderão suas casas.
  • O MPF fez a solicitação de uma medição independente da cota de segurança para alagamentos diante do histórico das usinas hidrelétricas na região amazônica. Em todas houve erros graves na previsão de alagamento.
  • A UFPA diz que o lago pode chegar a um nível cerca de 90 centímetros mais alto que o nível calculado pelos pesquisadores contratados pela Norte Energia.
  • Em vez de impactar 16,4 mil pessoas, conforme cálculo dos contratados da Norte Energia, o lago inundaria uma área onde vivem 25,4 mil pessoas, segundo avaliação da UFPA.
  • Cada uma das equipes de pesquisadores defende suas conclusões dizendo que a referência ou base de cálculo utilizada pela outra equipe não é a mais adequada.
  • Para solucionar as dúvidas, o relatório da UFPA propõe que a Nesa invista em um trabalho aprofundado, rigoroso e independente, talvez a ser desenvolvido sob a tutoria ou fiscalização técnica do próprio IBGE, trabalho que possa ser acompanhado e avaliado pela sociedade. A proposta tem o apoio do MPF.

Veja na íntegra os estudos da UFPA:

* Relatório de 2012

* Relatório de 2011

* Relatório de 2010

Abraços

Dakir Larara


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Apostila e aula inicial de Domínios e Paisagens Biogeográficos disponível

Alô, alô alunos de Domínios e Paisagens Biogeográficos!!!

Está à disposição para download imediato, a apostila da disciplina, bem como a primeira aula. É só clicar e nos links que estão abaixo.

->APOSTILA<-

->AULA 1-<

Abraços e até mais!!

Dakir Larara