Achei importante compartilhar e divulgar para todos vocês!! Beijos e abraços!!!
Por Ana Carolina Martins da Silva*
O Vereador Adeli Sell está promovendo, juntamente com seu Gabinete na Câmara de Vereadores, o Colóquio: Sustentabilidade Urbana: Desafios para Porto Alegre, a se realizar no dia 27 de setembro, às 19h, no Plenário Ana Terra, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre/RS. Estarão presentes à mesa, Dakir Larara, Prof. Dr. (ULBRA): O Espaço Urbano e as Mudanças Climáticas; João Rocket, fundador do Instituto de Permacultura e Ecovilas da Pampa (IPEP): Soluções Sustentáveis na ótica da Permacultura; a Mediação será de Teresinha Sá, profa. da Rede Municipal e Mestranda em Geografia (UFRGS) e eu abordarei: Políticas Públicas e Sustentabilidade na cidade.
Quando fui convidada para ser uma das painelistas do evento, tive duas sensações imediatas. Uma de pertença: afinal, depois mais de oito anos percorrendo as estradas pelo Estado do RS, em função de meu trabalho na UERGS, agora, eu sou cidadã de algum lugar! A outra foi a da responsabilidade de ganhar espaço de fala. Essas duas sensações me fizeram entrar em contato com coletivos aqui de Porto Alegre e estaduais, com amigos, com meus colegas professores e com meus alunos, solicitando que me dessem suporte para o debate, sugerindo algumas pautas que julgassem imprescindíveis serem abordadas. Desse amplo tema, eu ainda precisava decidir que aspecto iria abordar.
A resposta foi de tanta riqueza e de tanta generosidade em divisão de conhecimento que minha vontade foi de colocar todos à mesa conosco. Richard Bach, num livro chamado “Longe é um lugar que não existe”, encerrou a obra com o seguinte questionamento: “Quando se quer estar com quem se ama, já não se está lá?” Então, espero contar com todos e todas, na terça-feira, no dia 27/9, para que engrandeçam o debate com suas experiências.
Assim, reafirmo o convite e o agradecimento a todos e a todas que contribuíram com nosso trabalho, citando os principais pontos abordados.
– Por projetos de outros prédios autogestionários e sustentáveis no centro de Porto Alegre; Visibilidade ao Projeto Floresta Vertical Urbana, no Coletivo Utopia e Luta, que visa ampliar o Utopia mais três andares de hidroponia como Centro Cultural Público; Por um projeto sustentável ( e de LUTA e RESISTÊNCIA) da cidade.
– Colocar em debate pontos como: a questão da energia solar em construções; o uso de material que tenha maior permeabilidade, do que o asfalto, contribuindo assim com a drenagem urbana; Melhoria nos projetos para as habitações públicas, utilizando as ventilações cruzadas, evitando o consumo excessivo de energia; Incentivo ao uso do transporte público; Incentivo da utilização de matérias provenientes da região e não de matérias de outras regiões, evitando o transporte.
– Atenção especial dos governantes referente à destinação adequada dos resíduos sólidos, conforme preconiza a Lei 12.305/10, que determina a implantação do reaproveitamento e da reciclagem como obrigação para os municípios. Poderíamos retomar o projeto do Ecoparque Resíduos Sólidos, com a finalidade de reaproveitar a fração orgânica (biomassa) através da biodidegestão com a obtenção de energia elétrica. Isso pressupõe um funcionamento efetivo da coleta seletiva em 100% das cidades da RMPA.
– SALVEM AS ÁREAS NATURAIS E RURAIS DE PORTO ALEGRE, URGENTEMENTE!
– Implementação de políticas públicas de proteção ambiental, para evitar a expansão ilimitada das áreas urbanas da cidade, o que acarreta em desaparecimento de biodiversidade de arroios, orla do Guaíba, encostas de morros, paisagem natural e demais itens da biodiversidade associada.
– Sugerimos também que TODOS os vereadores não aceitem mais recursos de campanha eleitoral de parte do Sinduscom e grandes empresas da construção civil e mercado imobiliário de Porto Alegre, senão, na condição de reféns do capital pesado destes setores, as coisas vão continuar como estão…
– Defesa da zona rural de POA, formando um cinturão verde para a área urbana!
– Reforçar a APEDEMA e sua luta: “(…) as entidades ecológicas gaúchas repudiam o processo de fragilização dos conselhos e colegiados de políticas públicas ambientais. A falta de paridade, transparência nos processos e supremacia de interesses que não levam em conta a sustentabilidade ambiental e conservação da biodiversidade. Reafirmam o compromisso de politizar a ecologia e ecologizar a política”. (Manifesto do 28º Encontro Estadual de Entidades Ecológicas (EEEE) – Viamão, 28 de agosto de 2010) Assembleia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente (APEDeMA-RS).
– Incentivar e dar visibilidade a ações como a do Movimento “O morro é nosso”, que se tratava da venda inescrupulosa do morro Santa Teresa, impedida pela parceria séria e militante da sociedade organizada.
– Nossa sugestão vai na linha de: Energia, Mobilidade e Saneamento.
– A sustentabilidade urbana também passa pela fiscalização / apreensão de produtos (clorofinas, detergentes, desinfetantes) que estão sendo vendidos de dentro de carros/ônibus/kombi sem licenciamento ambiental.
– Investir em Inovações Tecnológicas que possam mitigar a degradação ambiental. Exemplo: invenção japonesa onde o plástico regressa ao petróleo.
– Fazer com que a ética não seja a principal diferença entre os cidadãos e os políticos. Pensar…e mudar!
– Desvelar os “novos’ e “velhos” sentidos agitados pela sustentabilidade, os quais repõem a continuidade da exploração do capital sobre os países e povos pobres.
– Refletir sobre a diferença entre um desenvolvimento que não agrida o meio ambiente e um que não comprometa o meio ambiente.
– É preciso discutir a apropriação do termo SUSTENTABILIDADE pelo Capital.
– É preciso que a Reforma Urbana não marche sobre a Vida Rural! É preciso que haja uma Reforma Urbana de fora para dentro do Centro, fazendo uma melhor distribuição dos imóveis inabitados.
Essas idéias — que resumi grosso modo — me foram enviadas como contribuição para minha fala, que levará consigo muitas vozes, pelos seguintes cidadãos do mundo, em ordem alfabética: Adriano de Oliveira (Secretario de Formação Política do PT), Aída Mayumi Menezes (Acadêmica de Administração: Sistemas e Serviços da Saúde – UERGS), Antônio Soler (CEA – Via APEDEMA/RS), Darci Zanini (SEMMAM-SL / ANNAMA-RS), Eliane Castro (SEMAPI/POA), Felipe Viana (Instituto Econsciência – Via APEDEMA/RS), Lisiane Becker (Mira Serra – Via APEDEMA/RS), Luciano Accioly Lemos Moreira (Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Faculdade de Letras (FALE), Maceió/Alagoas), Felipe Amaral (BIOFILIA – Instinto de Conservação – Via APEDEMA/RS), Marcelo N.M (COLETIVO UTOPIA E LUTA), Marcos Jakoby (Coletivo Estadual de Formação do PT), Paulo Brack (INGÁ – Via APEDEMA/RS), Paulo Robinson Samuel (Eng. Civil – Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFRGS) e a Thaís Wencze (Profa. Da UERGS – Coordenadora da Unidade de Erechim).
*Profa. da UERGS e ambientalista, Mestre em Comunicação Social
Fonte: http://www.sul21.com.br – artigo na íntegra AQUI.
Segue o flyer para divulgação: