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Observatório disponibiliza informações dos oceanos em tempo real

Oceanos na internet

Muitos dos segredos dos oceanos agora estão acessíveis 24 horas por dia, sete dias por semana, para cientistas, educadores e qualquer pessoa que tenha acesso à internet.

Após dez anos do projeto que demandou investimentos de quase US$ 400 milhões, a Iniciativa de Observatórios Oceânicos (OOI, na sigla em inglês), criada pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, vai garantir presença humana permanente nos oceanos.

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A OOI também instalou um observatório no chão tectonicamente ativo no norte do Pacífico. [Imagem: OOI/Universidade de Washington]

A rede de plataformas e sensores da OOI rastreia propriedades físicas, químicas, geológicas e biológicas do fundo e da superfície do mar e gera dados em tempo real.

O objetivo do projeto é que os dados aumentem a compreensão sobre terremotos e mudanças nas placas tectônicas e permitam conhecer espécies que vivem em fontes hidrotermais, além entender fenômenos climáticos e meteorológicos como o El Nino.

Instrumentos de pesquisa marítima

O projeto inclui robótica submarina, cabos de fibra óptica e instrumentação especializada. A OOI tem 83 plataformas com mais de 830 instrumentos espalhados em sete matrizes oceânicas localizadas no Atlântico e no Pacífico. Cada plataforma conta com uma combinação de aparelhos que geram milhares de informações.

A OOI instalou também um observatório no chão tectonicamente ativo no norte do Pacífico, outros próximos às costas leste e oeste dos EUA e quatro em locais de alta latitude, perto da Groenlândia, do Alasca, da Argentina e do Chile.

A expectativa é que o esforço produza um salto no conhecimento oceanográfico, como aconteceu há décadas quando balões e foguetes de sondagens começaram a estudar a atmosfera terrestre.

Acesso gratuito

A página da OOI está aberta a qualquer usuário interessado em acessar os dados gratuitamente, com disponibilização das informações coletadas em tempo real. No portal, em inglês, é possível assistir a transmissões ao vivo em alta definição de fontes hidrotermais, por exemplo, fissuras no fundo do mar que ainda são tidas como um mistério para a ciência.

A expectativa é que as informações sejam usadas por professores para ensinar conceitos oceanográficos a estudantes e que também ajude na administração pesqueira, podendo ser consultadas por pescadores que queiram saber as condições do mar para planejar a atividade.

O endereço é http://education.oceanobservatories.org/.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br